segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Éden


Um jardim de flores sem odor.
Nele a paz, perde o valor;
os sorrisos, o sentido.

Frio e calor
devem ser indistintos,
imagino.

A textura dos corpos
sem a ternura dos poros;
não soa nem chora.
Não goza.

Lá não se comem maçãs,
nem se distinguem noites e manhãs.
É tudo sempre muito claro
e eterno a brilhar.

O paraíso não me dá motivos.
Lá não tem desse luar...

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