Um jardim de flores sem odor.
Nele a paz, perde o valor;
os sorrisos, o sentido.
Frio e calor
devem ser indistintos,
imagino.
A textura dos corpos
sem a ternura dos poros;
não soa nem chora.
Não goza.
Lá não se comem maçãs,
nem se distinguem noites e manhãs.
É tudo sempre muito claro
e eterno a brilhar.
O paraíso não me dá motivos.
Lá não tem desse luar...
O último verso diz tudo.
ResponderExcluirBom demais.
lindo.
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