Certa vez, a Tristeza,
Sentiu carência da beleza de ser mãe,
Procurou dentre todas as entidades
Alguma que fosse capaz de lhe dar
Essa felicidade,
Sentiu carência da beleza de ser mãe,
Procurou dentre todas as entidades
Alguma que fosse capaz de lhe dar
Essa felicidade,
Tentou a Sabedoria,
mas viu que era orgulhosa demais.
Flertou com os Deuses,
que além de desconhecer
a importância dos defeitos,
queriam filhos para a cruz.
que além de desconhecer
a importância dos defeitos,
queriam filhos para a cruz.
Procurou até a Alegria,
mas além de infiel,
descobriu que era estéril.
Exausta então, o mundo calou,
ela cambaleou
e tropeçou no colo da Loucura,
ela cambaleou
e tropeçou no colo da Loucura,
A puta,
Que de amor lhe acarinhou, e feliz,
um filho gerou.
um filho gerou.
Mas aquela criança que nascia
dessa insana união,
fazia questão
de realizar o próprio parto,
e, portanto, vendo o casal
Que o filhote era forte,
Deixaram o cordão no umbigo,
Para que ele próprio realizasse o corte;
dessa insana união,
fazia questão
de realizar o próprio parto,
e, portanto, vendo o casal
Que o filhote era forte,
Deixaram o cordão no umbigo,
Para que ele próprio realizasse o corte;
Nascia então,
Nutrida pelo ventre amargo da Tristeza,
E amamentada pelos seios fartos da Loucura,
A primeira rima.
Nutrida pelo ventre amargo da Tristeza,
E amamentada pelos seios fartos da Loucura,
A primeira rima.
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